
VEREDA
E D I T O R A

SAMUEL ROSA em entrevista exclusiva para VEREDA EDITORA
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Em entrevista exclusiva, SAMUEL ROSA fala sobre sua trajetória, suas escolhas, sua família e toda a influência recebida do seu pai, WOLBER ALVARENGA, autor de livros publicados pela Vereda Editora.
VEREDA: Samuel, o seu pai, Wolber Alvarenga, é um psicólogo de renome e, no campo das artes, um escritor. Você como ele, se formou e iniciou sua carreira profissional como psicólogo. No entanto, você se tornou um artista. Fale-nos dessas influências e da escolha final pela arte. Qual o papel do Wolber nessa trajetória?
SAMUEL: Embora essa seja uma questão inusitada em se tratando de entrevistas que já concedi, posso afirmar que é de abordagem muito tranquila para mim. Como foi relativamente tranquilo o processo da minha trajetória de se tornar um artista.
A música foi a minha primeira escolha e, desde muito cedo, estava claro que era isso que eu queria – não sei se como profissão –, mas sabia que era disso que eu gostava. E vivia feliz no mundo do Colégio, com a música me destacando e me realizando. Até que chega a hora inevitável da tal escolha profissional, quase como um rito de passagem para a vida adulta. Eu, como todos os garotos, tive que definir qual vestibular prestar, qual seria a minha profissão. Aí, sim, escolhi a profissão do meu pai. Psicólogo. Mas a música estava lá firme na minha rotina, não a abandonei. E digo mais: as aulas do curso de Psicologia, com seus temas complexos e profundos, me jogaram num universo novo, abriram janelas de conhecimento e de olhares que fundamentaram muito o artista que, paralelamente, vinha se consolidando. O artista que por momentos se via na encruzilhada de definir em que caminho profissional deveria apostar mais fichas. A questão fatal me rondava: será possível viver de arte? E, nesse momento, o apoio (ou empurrão) do meu pai fez a diferença. “Saiba que você jamais se perdoará se, mais tarde, olhar para trás e constatar que as suas possibilidades com a música não foram tentadas ao limite. Você só saberá a resposta se for lá conferir.” E cá estou.